Notícia

Prazer, sou Luca Kumahara, medalhista de ouro nos Jogos Sul-Americanos!

Após transição de gênero e mudança de nome, mesa-tenista brasileiro conquistou sua terceira medalha em Assunção, a primeira dourada com sua nova identidade

Luca Kumahara conquistou o primeiro ouro do Brasil nos Jogos. Foto: Paloma Mutti/ULTM.

Por Nelson Ayres e Henrique Porto (Fato&Ação) – Assessoria de Imprensa CBTM

12/10/2022 14h49


Luca Kumahara cheira a medalha. E no início da tarde desta quarta-feira, dia 12, o mesa-tenista brasileiro conquistou a sua terceira nos Jogos Sul-Americanos, em Assunção, no Paraguai. Mas desta vez o aroma da conquista foi outro. Se antes tinha cheiro de bronze, agora tem o perfume inigualável do ouro. Na final individual contra a argentina Camila Arguelles, Luca triunfou por 4 sets a 1, em duelo decidido nos detalhes, com duração de 42 minutos. As parciais foram de 11/8, 11/7, 11/8, 6/11 e 13/11.

O mesa-tenista, que por questões burocráticas ainda compete com o nome de Caroline, abriu o seu coração ao falar da conquista. “Estou muito feliz por ter conquistado meu primeiro título oficialmente como Luca Kumahara. Antes algumas pessoas sabiam de minha mudança, outras não, mas publicamente é a minha primeira conquista com meu novo nome”, informou.

E o primeiro set da final contra a argentina foi parelho até o empate em 4 a 4. Na sequência, Luca obteve uma sequência de três pontos que fizeram toda a diferença na parcial. Venceu por 11 a 8, principalmente por conseguir pontuar quando tinha o saque a seu favor. No segundo set, abriu de cara uma vantagem de dois pontos, que trabalhou até obter uma nova série de pontos consecutivos, desta vez quatro, administrando a diferença até fechar em 11 a 7.

“Joguei algumas vezes com a Camila neste último ano e tinha uma ideia do que precisava fazer. Sabia que precisava ser muito agressiva, não podia deixar ela impor o ritmo, por isso tinha que estar preocupado em impor o meu ritmo. Taticamente fui ajeitando durante o jogo”, descreveu o medalhista de ouro.

Apesar de repetir o placar da primeira parcial, 11 a 8, o terceiro set foi imprevisível. A igualdade prevaleceu até o empate em sete pontos, quando Luca conseguiu empilhar três pontos em sequência, para vencer e ficar muito próximo do ouro.

No quarto set, jogando contra as cordas Camila atacou o saque de Luca e quebrou o serviço do brasileiro por seis vezes. Foi o diferencial para sair vencedora por 11 a 6 e seguir viva na disputa. “A Camila coloca muito efeito no saque e ataca bem angulado. É difícil manter o foco o jogo inteiro e, se você perde um pouco, ela já se recupera ou abre vantagem”, analisou Luca.

O quinto – e último – set foi maluco. Na reta final, Luca teve o ponto do jogo a seu favor, com o placar apontando 10 a 9. Porém, a argentina virou para 11 a 10 e tomou para si a chance de vencer a parcial e ganhar nova sobrevida no jogo. Mas Luca não estava disposto de encarar mais um set e buscou forças para pontuar três vezes em sequência, fechando em 13 a 11. “Com certeza não foi um torneio fácil. Eu sabia que era a cabeça de chave número um e que todos viriam para cima de mim. Nunca é fácil jogar como favorito e consegui vencer mesmo com essa pressão”, desabafou Luca.

“A final foi um jogo mais cômodo do que a semifinal e como a adrenalina não estava alta, o Luca precisou manter o foco a todo momento, no saque e na recepção”, ponderou o técnico Bruno Costa. “A conquista individual dele foi muito gratificante. Ele soube a todo momento lidar com a pressão do favoritismo, o que não é fácil”, enalteceu. “Todos queriam ganhar dele, desbancar o favorito, mas principalmente na semifinal e na final ele suportou muito bem a pressão”, concluiu Costa.

Na semifinal Luca cedeu seus primeiros sets no evento, mas despachou a chilena Daniela Ortega por 4 a 2. O duelo foi bastante equilibrado, com quatro sets precisando ir para o desempate. Mas deu Brasil, com parciais de 12/14, 13/11, 12/14, 11/7, 12/10 e 11/4. “Na semifinal o Luca passou por algumas situações adversas, com a adversária colocando muita pressão sobre ele. Mas se manteve focado no jogo, respeitando a oponente”, descreveu Costa.

“A semifinal foi muito difícil. Ela estava muito bem, devolvendo todas as bolas”, reconheceu Luca. “Depois da semifinal eu estava muito cansado e não tive muito tempo para pensar na final. Pensei apenas em recuperar o meu corpo e voltar ao foco para mais um jogo, que também foi muito difícil e decidido nos detalhes”, acrescentou.

Apoio do Time Brasil

Além do aroma dourado da medalha, Luca exalava felicidade com sua conquista pioneira, não se esquecendo de agradecer todos que o apoiaram na caminhada em Assunção. “Gostaria de agradecer todo o acolhimento que estou recebendo. O carinho, o apoio e o suporte, que não está sendo pequeno”, externou Luca. “Estava um pouco ansioso e receoso de como seria a recepção aqui, mas desde o início o Time Brasil e o Comitê Olímpico do Brasil foram impecáveis comigo, me chamando de Luca, fazendo eu me sentir muito bem para jogar, com uma preocupação a menos e uma comodidade a mais”, agradeceu.

“É um passo muito importante para mim e trazer isso publicamente foi muito impactante a nível pessoal, mas não sabia que iria impactar tanto a nível profissional. Eu não esperava tanto suporte”, concluiu o campeão.

 

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