Por CBTM
Anderson Luís Araújo dos Santos é um jovem mesatenista de 18 anos bastante dedicado. No ano passado, representou Pernambuco nas Olimpíadas Escolares, além de disputar também o Campeonato Brasileiro.
Ele conseguiu resultados modestos, que poderiam ser encarados como o início de um aprendizado, acúmulo de experiência para voos mais altos em 2012. Poderiam. Em Pernambuco, assim como acontece com tantas outras modalidades, o Tênis de Mesa não recebe o tratamento de um esporte olímpico.
Não há investimento, não há incentivo por parte de empresários. Razão pela qual o nome de muitas promessas acaba esquecido. Como fatalmente acontecerá com o personagem que inicia essa matéria. Aliás, você ainda lembra o nome dele?
Anderson passou o ano inteiro competindo apenas no estado. --- É chato ficar de fora de competições nacionais porque a gente treina muito. Até agora, só conseguimos ir a um Brasileiro, e porque aconteceu no Nordeste mesmo (foi em Fortaleza).
Só quem tem condições de viajar para mais distante é o pessoal mais velho (master) ---, contou Anderson, que ocupa a 6ª posição no rating A de Pernambuco (o ranking da modalidade).
E o mesatenista tem razão. A maioria dos atletas que participa de competições nacionais são da categoria master. Na edição deste ano do Brasileiro, apenas Iara Borba – da Unicap –, Domingos Sávio e Natália Pereira – os dois do Sport – compareceram ao evento em Piracicaba, interior paulista.
Iara, dona do próprio negócio, sagrou-se tricampeã nacional, feito incontestável para uma atleta que já passou dos 40 anos, mas segue com a dedicação de início de carreira. --- Neste Brasileiro, a delegação da Bahia foi em peso. Eles tiveram ajuda do governo estadual. Isso não ocorre aqui. Lamentável ---, queixa-se Anderson.