Por CBTM
Seja na pista de atletismo, nos ginásios ou até mesmo no pequeno campo de golfe improvisado, o que se vê é muita superação no campus da Universidade Estadual de Londrina (UEL). E permanece até o próximo domingo com as disputas da primeira edição dos Jogos Abertos Paradesportivos do Paraná.
Para alguns paratletas, o simples fato de ter viajado até Londrina para participar de uma competição estadual já é uma grande alegria. É o caso da equipe de futsal de Cascavel, para esportistas com limitações intelectuais. "Quando contei eles não acreditaram, ficaram muito felizes", conta o treinador Victor Emanuel Abrozino.
A competição também conta com esportistas que já se tornaram referência para os iniciantes. Como o atleta Paraolímpico Claudiomiro Segatto. Ele representa Curitiba nos Jogos em Londrina, mas há poucos meses competiu na Paraolimpíadas de Londres. "A gente procura incentivar quem está começando e quem ainda não começou, porque o mais importante do esporte é a reabilitação", afirma Segatto.
Entre os competidores locais, a empolgação maior pode ser com o fato de estar competindo em casa, com o incentivo da família e amigos. "Dá um frio na barriga diferente", afirma Guilherme Lucas da Silva, integrante da equipe do Instituto Londrinense de Instrução e Trabalho para Cegos (ILITC), que na competição representa o município em várias provas do atletismo e goalbal.
Assim como ele, alguns atletas competem nos dois esportes, mostrando não apenas superação, mas muita resistência e dedicação. Ontem, prestes a cumprir a prova do salto em distância, o paratleta Heber Alexandre Garcia já havia disputado os 100 metros de manhã, já pensava no arremesso de dardo no dia seguinte e na partida de goalbal no fim de semana. "Para nós, o esporte é muito importante, engloba a parte de socialização e no meu caso ajuda na questão de mobilidade e locomoção motora", afirma Garcia.