Por CBTM
A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Limeira promoveu ontem o 1º Open de tênis de mesa com a participação de dez cidades no Sesão. Além de promover a integração, o evento estimulou o aprendizado e a difusão do esporte.
Antes da competição, os atletas demonstraram outras habilidades na cerimônia de abertura. A apresentação de dança com bolas reservou show de sincronismo e cores. O som da fanfarra deu o tom da importância do evento.
--- O torneio mostra o reconhecimento da capacidade dos atletas portadores de deficiência e ajuda a combater a discriminação --- declarou Ângelo Percebon, presidente da Apae.
Foram inscritos 65 atletas de Atibaia, Araraquara, Americana, Araras, Artur Nogueira, Campinas, Nova Odessa, Cordeirópolis, Engenheiro Coelho e Limeira. Júlio Florindo, secretário de Esportes, destacou que a competição é única na região e, em 2010, fará parte do calendário da Confederação Brasileira de tênis de mesa.
José Ricardo de Oliveira, professor da Apae, contou que ocorreram poucas adaptações nas regras. Segundo ele, o tênis desenvolve o equilíbrio e a coordenação motora, além da capacidade de concentração, agilidade e reflexo.
Torneios como esse também tornam mais fácil o aprendizado do respeito às regras e aos adversários. Para alcançar os resultados, o trabalho de superação é complexo. Patricia Orlando, professora da Apae de Araras, cita que quando o atleta deficiente pratica outras modalidades, o desenvolvimento é mais dinâmico.
Os atletas não mediram esforços. Alexandre Cândido, 14, de Americana, jogou mesmo com o braço machucado. "Jogo com o coração". Antonio de Souza,18, de Arthur Nogueira, controlou a ansiedade antes da partida recordando das dicas de última hora da técnica.
--- Ela frisou bem para não fazer o saque muito alto --- conclui.