Por CBTM
Presidente do Conselho de Clubes Formadores de Atletas Olímpicos (Confao) e do Minas Tênis Clube, Sergio Bruno Zech Coelho lamentou ontem que grande parte dos recursos da Lei Agnelo/Piva seja utilizado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para gastos administrativos, e não com o esporte.
Na quinta-feira, no Rio, a entidade divulgou a demonstração da aplicação dos recursos da lei em 2008. Dos R$ 78.848.944,88 recebidos pelo COB, R$ 25.744.971,38 foram gastos com a estrutura administrativa e esportiva da entidade.
Para as confederações foram destinados R$ 34.171.305,31.
--- Pelo que o COB apresentou, podemos perceber que a maior parte do dinheiro é utilizado com atividades burocráticas. São recursos gastos com estrutura, e não com o desenvolvimento do esporte. Nas confederação, as verbas também são gastas com burocracia --- afirmou Sergio Bruno, informando que mandou um ofício ao COB solicitando uma cópia do demonstrativo de gastos dos recursos da Lei Agnelo/Piva.
Sergio Bruno também lamentou a posição de Carlos Arthur Nuzman. O presidente do COB declarou que estudos apontaram que os recursos da Lei Agnelo/Piva representam apenas um terço do real necessário às demandas do esporte brasileiro.
Segundo Nuzman, dividir o dinheiro com tantas facções que se achem no direito de receber as verbas acabará diluindo os recursos da lei.
--- Concordo que as confederações não recebem muito dinheiro, mas os clubes não recebem nada. Dizer que não quer dividir o dinheiro com facções é uma postura imperial. O Nuzman não pode se apresentar como o dono do esporte brasileiro --- disse Sergio, frisando que o Confao continuará buscando a verba da lei.