Notícia

ALBERTO MURRAY CONTRA JOGOS DE 2016 NO RIO

Por CBTM

25/02/2009 15h00


SÃO PAULO - Enquanto o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) gasta R$ 100 milhões apenas com a campanha para tentar trazer os Jogos Olímpicos de 2016 para o Rio de Janeiro, o advogado paulista Alberto Murray Neto envia relatórios semanais à Suíça recheados de informações que depõem contra as pretensões brasileiras. Todos esses documentos são endereçados a ninguém menos que Jacques Rogge, o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI).

--- O Rogge já me respondeu em um e-mail, com cópia para o Nuzman, dizendo que está atento às minhas observações --- conta Murray, citando o presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman. A voz do advogado tem peso no cenário olímpico internacional.

Neto do fundador do COB, Sylvio de Magalhães Padilha, Murray foi membro da Assembleia Geral do comitê até outubro do ano passado, e continua como integrante da Corte Arbitral do Esporte (CAS), com sede em Lausanne, na Suíça. Seu prestígio como opositor de Nuzman é tamanho que ele foi convocado pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado, no final do ano passado, para apresentar um contraponto às versões do COB sobre o uso da verba da Lei Agnelo-Piva.

Ele considera uma extravagância a realização de uma Olimpíada no Brasil. --- A gente tem medalhistas olímpicos ganhando R$ 1 mil por mês, enquanto o COB usa uma fortuna para fazer propaganda ---  lamenta ele.

Em sua passagem por Brasília, Murray fez crescer a pressão sobre Nuzman e angariou assinaturas de deputados e senadores para protocolar o pedido da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do esporte olímpico. "Já está na mesa do Senado, basta ser lido pela mesa diretora para ser instaurada."

Carlos Roberto Osório, secretário-geral da candidatura brasileira, já admitiu que a CPMI não seria saudável para o programa do Rio 2016. --- Como em qualquer pleito, um sinal de instabilidade interna não é interessante no cenário externo ---  explicou. --- O COB não quer a CPMI agora, o que vai ser pior, porque serão apurados fatos também sobre a candidatura olímpica ---  rebateu Murray.

OPOSIÇÃO


Alberto Murray Neto é ferrenho opositor da gestão de Nuzman à frente do COB. E ele garante que não é o único. --- Nuzman age como ditador. Tem gente dentro do comitê e até presidentes de confederações que são contra ele, mas não podem expor seu ponto de vista, temendo represálias.

Sua postura crítica foi determinante para ele ser excluído do COB na última eleição da entidade, em outubro. Seu nome não constava na ata da Assembleia Geral feita às pressas por Nuzman, cuja chapa, a única, só não foi eleita por aclamação porque os presidentes das confederações de tênis de mesa e badminton não concordaram.

O COB alegou que Murray já não era componente da chapa. --- Prefiro me manter afastado do Nuzman, mas o que me magoa são os rumos que o COB está seguindo: virou um balcão de negócio ---  lamenta. --- Só se fala em marketing e negociações lá dentro. Esqueceram o esporte.

O advogado ainda estuda a possibilidade de entrar na Justiça para questionar a legalidade da Assembleia que reelegeu Nuzman, mas ele garante que essa não é sua prioridade no momento. Murray diz que vai continuar denunciando as irregularidades do comitê em seu blog (http://albertomurray.wordpress.com) e em contato com membros do COI. --- Existe um movimento das confederações para recusar as contas de Nuzman. Se ele não cair em quatro anos, dificilmente será reeleito na próxima assembleia.

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