Por CBTM
Mais de 500 pessoas lotaram, nesta sexta-feira, 19, dois auditórios no Centro de Convenções da Unicamp para o 1º Congresso Paralímpico Brasileiro. O evento, inédito no país, é uma promoção do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), através da Academia Paraolímpica Brasileira (APB), em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e a Universidade Federal de Uberlândia (UFU). A CBTM é representada no evento pela Líder de Seleções Paraolímpicas Kátia Calleri e o Fisioterapeuta da Seleção Brasileira Luis Gustavo Amorim. O objetivo do 1º Congresso Paralímpico Brasileiro é aproximar as universidades dos profissionais que desenvolvem o Esporte Paralímpico, fomentando a pesquisa e sistematização do conhecimento.
"Hoje nossa base de profissionais ainda é muito pequena, precisamos aumentá-la em quantidade e qualidade", justificou o presidente do CPB, Andrew Parsons.
Entre os temas que serão abordados estão a formação de recursos humanos para o Esporte Paralímpico, classificação funcional e treinamento e avaliação em Esporte Paralímpico.
"O 1º Congresso Paralímpico Brasileiro marca uma nova era, uma era de profissionalismo", disse Parsons.
"Com este Congresso, o Movimento Paralímpico dá uma prova de que sabe para onde está indo. Nossas metas para Londres 2012 são bastante ousadas, ficar em 7º, e é imprescindível o apoio da ciência para que cheguemos lá", argumentou o presidente do CPB.
Andrew Parsons ainda aproveitou a presença do Ministro do Esporte, Orlando Silva, para agradecer ao Governo Federal pelo apoio dado ao Esporte Paralímpico nos últimos oito anos.
"Nunca o Esporte Paralímpico foi tratado com tanta igualdade, como todos os programas do Ministério do Esporte contemplando tanto olímpico quanto Paralímpico. Poucos são os países que tratam o Esporte Paralímpico de forma igual", destacou Andrew Parsons.
Uma das provas foi a liberação do Ministério do Esporte de R$ 20 milhões ainda este ano para o desenvolvimento das 20 modalidades paraolímpicas.
"Com isso, o Brasil arranca não só para organizar grandes Jogos, mas também para ter uma grande participação, atingindo a nossa meta que é ficar em 5º lugar."
Orlando Silva elogiou a iniciativa do CPB e das universidades federais para a realização do Congresso.
"O Brasil é uma potência paraolímpica, ficou em nono em Pequim. O nosso desafio é fazê-lo avançar mais ainda. Tanto que a meta brasileira paraolímpica, ficar em 5º em 2016, é bem mais ousada que a olímpica, que é chegar entre os 10 primeiros. E essa parceria com as universidades é importante para desenvolver o esporte no País", ressaltou o Ministro do Esporte.
"Espero que as reflexões desse Congresso possam ser assimiladas para o CPB, para que se tornem iniciativas a serem acolhidas pelo Governo Brasileiro", completou Orlando Silva.
Promessa assumida pelo CPB, que garantiu ainda a continuidade da iniciativa.
"Este é apenas o primeiro Congresso Paralímpico Brasileiro. E já o começamos sabendo onde será o 2º Congresso Paralímpico Brasileiro, em Uberlândia, 2011, e já temos cidades interessadas em levar o terceiro, em 2012, para sua região", destacou Andrew Parsons.
O presidente do CPB destacou a presença dos atletas Paralímpicos Carlos Farrenberg, medalhista no Mundial de Natação, em agosto, na Holanda, e Ana Tércia, que se prepara para o Mundial de Atletismo, que será em janeiro, na Nova Zelândia. Andrew Parsons também agradeceu a participação no Congresso presidente da Confederação Brasileira de Clubes, Arialdo Boscolo, que é parceiro do CPB no desenvolvimento do Esporte Paralímpico no país.
Ainda compuseram a mesa Edgar Salvadori de Decca, coordenador geral e vice-reitor da Unicamp, Mohamed Habib, pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da Unicamp, Paulo Ferreira de Araújo, diretor da Faculdade de Educação Física da Unicamp, Pedro Paulo Funari, coordenador do Centro de Estudos Avançados da Unicamp, professor Edson Duarte, presidente do 1º Congresso Paralímpico Brasileiro e o secretário municipal de Esportes e Lazer, Gustavo Petta.
O Congresso
Nesta sexta-feira, 19, foram discutidas a atualidade e as perspectivas do Esporte Paralímpico no Brasil, classificação funcional, formação de recursos humanos, treinamento em Esporte Paralímpico e formação de novos atletas. Ainda foram apresentados os pôsteres de 60 trabalhos científicos desenvolvidos na área.
Amanhã pela manhã, serão ministrados minicursos de esgrima, vôlei sentado, rúgbi e remo. À tarde, as discussões serão sobre avaliação em Esporte Paralímpico.
O público alvo do 1º Congresso Paralímpico Brasileiro são treinadores, classificadores funcionais, profissionais de áreas afins ao esporte Paralímpico, profissionais da área da saúde, professores e estudantes universitários.
CPB