Por CBTM
Os nadadores Daniel Dias e Edênia Garcia receberão o Prêmio Brasil Olímpico 2010 na categoria Melhor Atleta Paralímpico do Ano. As indicações foram feitas pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), que indicou também o técnico italiano Romolo Lazzaretti para receber o troféu de Melhor Técnico Paralímpico de 2010.
Todos serão homenageados no dia 20 de dezembro, durante a cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico, a ser realizada no Teatro do MAM, no Rio de Janeiro. Na 12ª edição da cerimônia organizada e promovida pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), o Prêmio Brasil Olímpico já se consolidou como a maior festa do esporte brasileiro.
Além dos prêmios para os melhores atletas Paralímpicos e o melhor técnico Paralímpico do ano, o Prêmio Brasil Olímpico 2010 anunciará o Melhor do Ano no Esporte, masculino e feminino. No masculino o público já pode escolher entre Cesar Cielo (natação), Leandro Guilheiro (judô) e Murilo Endres (vôlei).
No feminino a disputa está entre Ana Marcela Cunha (maratonas aquáticas), Fabiana Murer (atletismo) e a dupla Juliana e Larissa (vôlei de praia). A votação está sendo feita pelo site www.premiobrasilolimpico.com.br e vai até o dia 20, encerrando-se momentos antes do anúncio no Teatro do MAM.
Em 2010 o Prêmio Brasil Olímpico tem como tema principal a participação da juventude no esporte e o papel social, de integração e de cidadania que esta atividade pode proporcionar para milhões de jovens brasileiros.
O Prêmio Brasil Olímpico 2010 premia ainda outras categorias: Melhor Técnico (individual e coletivo), Melhores Atletas Escolares e Universitários, Melhores Atletas Paralímpicos e Melhor Técnico Paralímpico (indicados pelo Comitê Paralímpico Brasileiro) e o Troféu Adhemar Ferreira da Silva. O Troféu COI "Inspirando a Juventude" será oferecido pelo Comitê Olímpico Internacional.
Neste ano, o Prêmio Brasil Olímpico traz uma inovação. Além de atletas individuais passaram a concorrer ao melhor da modalidade e ao melhor do ano equipes, times, técnicos, duplas, trincas ou quadras, como revezamentos do atletismo e da natação.
Esse novo critério permitiu que a dupla Juliana e Larissa vencesse na modalidade e concorresse ao troféu Melhor do Ano no Esporte. Outro exemplo da abertura que o Prêmio Brasil Olímpico proporcionou foi o troféu de melhor na natação sincronizada que em 2010 irá para a equipe brasileira, assim como no vôlei o troféu será entregue à Seleção masculina tricampeã mundial na Itália.
Confira o perfil dos melhores Paralímpicos de 2010:
DANIEL DIAS
Em 2010, Daniel Dias conquistou oito medalhas de ouro e quebrou cinco recordes mundiais no Campeonato Mundial de Natação Paraolímpica, em Eindhoven, Holanda, em agosto.
Natural de Campinas (SP), Daniel nasceu com má formação nos membros superiores e inferiores. O primeiro contato de Daniel com o esporte ocorreu aos 16 anos, quando ele acompanhou pela televisão o nadador Paralímpico Clodoaldo Silva brilhar nos Jogos de Paralímpicos de Atenas, 2004.
Na edição seguinte dos Jogos, em Pequim 2008, já era um dos maiores destaques da delegação brasileira, conquistando medalhas de ouro, quatro de prata e uma de bronze.
Atualmente, Daniel Dias é um dos grandes atletas Paralímpicos de alto rendimento do mundo. Futuramente, depois de deixar as piscinas, o paulista sonha continuar no esporte, especialmente para promover e incentivar jovens com deficiência a participarem do Movimento Paralímpico.
Pela quarta vez em sua carreira, Daniel é laureado com o Prêmio Brasil Olímpico. O atleta possui ainda grande reconhecimento internacional. Em 2009, recebeu o prêmio de atleta do ano, pela Laureus World, (uma espécie de Oscar do Esporte). Daniel integra o Conselho de Esportes dos Jogos Olímpicos Rio 2016, que reúne um time de atletas e treinadores com a missão de auxiliar, com suas experiências, áreas como promoção e legado. Em 2010, Daniel Dias foi homenageado pelo Presidente Luis Inácio Lula da Silva, por suas conquistas. Daniel recebeu das mãos do presidente a Cruz do Mérito Desportivo.
EDÊNIA GARCIA
Em 2010, Edênia Garcia tornou-se a primeira mulher brasileira tricampeã mundial paraolímpica. O feito ocorreu nos 50m costas, com o tempo de 52s87, na piscina de Eindhoven, na Holanda, onde realizou-se o Campeonato Mundial.
Depois do ouro, a potiguar de 23 anos, que também foi a melhor nas edições de Durban 2006 e Mar Del Plata 2002, ajudou sua equipe a conquistar a prata no revezamento 4x50m livre. Ao lado de Letícia Ferreira, Joana Neves e Ana Clara Cruz, Edênia subiu ao pódio mais uma vez.
A atleta tem polineuropatia sensitivomotora e há nove anos, encontrou nas piscinas a união do útil ao agradável. O que devia ser um tratamento também virou um grande negócio. Dos Jogos Regionais em 2001 ao Mundial de Mar del Plata, no ano seguinte, Edênia deu um salto de qualidade enorme. Conquistou o ouro, não parou mais e não pretende fazê-lo tão cedo. Seu grande objetivo agora é chegar aos Jogos Paralímpicos de Londres 2012 e ao Rio 2016
ROMOLLO LAZZARETTI
O italiano Romolo Lazzaretti faz parte de uma família intensamente ligada ao ciclismo. Seu pai, Remo, por exemplo, é empresário e administra a empresa Lazzaretti, de bicicletas e materiais específicos, fundada por Fausto Lazzaretti, seu avô, em 1916.
Vivendo no Brasil há 15 anos, com apenas um ano de moradia em solo tupiniquim, o italiano Romolo recebeu o convite para ser treinador da equipe paraolímpica verde-amarela. Há 14 anos o ciclismo Paralímpico não pode se queixar da falta de currículo para capitanear o time brasileiro em competições fora do Brasil.
Começou no ciclismo aos 14 anos, em 1964. Nos oito anos em que foi profissional na Itália, a partir de 1971, Romolo sagrou-se bicampeão europeu de pista. À frente da equipe verde-amarela, o italiano de Roma estreou nos Jogos Paralímpicos de Atlanta, em 1996.
Em 2010, comandou a equipe nacional no Campeonato Mundial, em Baie-Comeau, Canadá, onde o Brasil conquistou três medalhas, um ouro, uma prata e um bronze.