Notícia

PARAOLIMPÍADAS ESCOLARES 2010

Por CBTM

01/09/2010 14h40


Pelo menos quatro jovens da região de Sorocaba, dois de Itu, um de Mairinque e um de São Roque, participarão das Paraolimpíadas Escolares 2010, que serão realizadas de 6 a 11 de setembro, em São Paulo. Para todos o esporte é visto, prioritariamente, como fator de desenvolvimento pessoal e de inclusão social. Mas o fato de só competirem atletas estudantes de 12 a 19 anos, torna a competição o preâmbulo de um sonho maior: a Paraolimpíada de 2016, no Rio de Janeiro.

 

De Itu irão os deficientes visuais Diego Rodrigues da Silveira, de 15 anos, e seu irmão Thiago Rodrigues da Silveira, de 16. De Mairinque, Camila Cristina Furquim Rocha, de 15 anos; e de São Roque, Gabriel José Pedroso Tanzi, também de 15 anos.

 

Aluna da Escola Municipal Professora Maria Ignês Blanco Abreu, Camila sofre de mal formação congênita com amputação do membro inferior direito e utilização de prótese. Irá disputar o arremesso de peso e os lançamentos de dardo e de disco, nas provas de campo; e os 100 metros com cadeira Speed nas provas de pista.

 

Desde que chegou à escola, começou a praticar esporte nas aulas de educação física pela boa aceitação entre os colegas. Em maio deste ano sua professora a indicou para os treinos de atletismo no Núcleo de Ensino Desportivo (NED) do Departamento de Esportes de Mairinque, com o professor Anderson Luiz Bruno.

Em pouco tempo, a prática esportiva, mais que resultados, lhe proporcionou melhora em sua auto estima e no convívio com os amigos. Com os resultados, então, tornou-se orgulho dos familiares e amigos.

 

É uma prova de quanto é importante mostrar ao poder público como a pessoa com deficiência pode ser ‘eficiente quando a ela é dada uma oportunidade, diz Anderson, que também atua como treinador e guia de outros atletas portadores de deficientes.

 

Gabriel é aluno de ensino médio no Colégio CB e treina natação no Grêmio União São-Roquense. Com membro inferior encurtado (o fêmur da perna direita é menor), classificou-se para disputar os 50 metros estilo livre e os 50 metros nado costas na categoria S9.

 

Diego e Thiago, os irmãos que disputarão as Paraolimpíadas Escolares, são alunos da Escola de Cegos Santa Luzia em Itu, além da Escola Estadual Professor Antônio Berreta -- o primeiro no 9.º ano do Ensino Fundamental e Thiago no 2.º ano do Ensino Médio. Ambos são deficientes visuais S12 (baixa visão). Diego disputará o atletismo nas provas de 100 e 300 metros e o salto em distância. Thiago disputará a natação nas provas de 50 metros livre, 50 metros costas, 100 metros livre e os revezamentos 4x50 livre e 4x50 medley.

 

Os dois participam do programa de esportes da Escola de Cegos Santa Luzia desde o ano passado, como parte das atividades de reabilitação oferecidas -- e que incluem braille, terapia ocupacional, informática, reforço escolar, piscopedagogia, orientação e mobilidade, além da educação física. Em pouco tempo demonstraram a aptidão esportiva e passaram a disputar competições em nível municipal, regional, estadual e, agora, nacional.

 

O esporte é um instrumento muito importante na formação da criança e do jovem com ou sem deficiência, diz o técnico da dupla, Edvaldo Bueno de Oliveira, professor de educação física com especialização para pessoas com deficiência. O jovem passa a se valorizar e a dar mais valor para si mesmo, acreditando que é capaz e que consegue fazer. Além disso proporciona uma melhora na sua qualidade de vida, pois passa a conhecer novas pessoas, novos lugares que, sem o esporte, não teria acesso.

 

Edvaldo lembra que o avanço se dá em coisas aparentemente simples, mas de grande importância para essa melhora na qualidade de vida: Com os treinos e competições, eles passam a ter de aprender a se vestirem sozinhos, a comer com talheres adequados nas viagens, arrumar a cama nos alojamentos e a andar de maneira independente, utilizando a sua visão residual. Diego vai um pouco além: A minha disposição para fazer as coisas mudou, a minha saúde melhorou muito depois que comecei a correr, explica.

 

A questão da saúde também é ressaltada por Gabriel, de São Roque. Mudou da água para o vinho, reconhece. Ele lembra, também, a melhoria nas relações pessoais: Antes eu vivia em casa, quase nunca saía. Depois que comecei a nadar, fiz novos amigos no clube e minha vida mudou. Seu técnico, Émerson Jimenez, lembra que em todos os casos, não só o de Gabriel, o objetivo principal de seu trabalho é ajudar na formação pessoal dos jovens, sejam deficientes físicos ou não. Mas, no caso de Gabriel, antes dos resultados serem alcançados na piscina, esta conquista já estava assegurada.

 

Neste ano, as Paraolimpíadas Escolares serão disputadas em dez modalidades, incluindo duas novidades: tênis em cadeira de rodas e voleibol sentado, além de atletismo, futebol para cegos, futebol para paralisados cerebrais, judô, goalball, bocha, tênis de mesa e tênis em cadeiras de rodas. Contra as 860 pessoas de 19 Estados e Distrito Federal que disputaram a competição no ano passado, neste são aguardadas aproximadamente 1.500 pessoas -- entre alunos, técnicos e dirigentes de 22 Estados e Distrito Federal.

O evento é realizado pela parceria entre o governo do Estado de São Paulo, a Prefeitura de São Paulo e o Comitê Paralímpico Brasileiro. Os alunos da região de Sorocaba integram a delegação paulista que contará com 117 atletas, selecionados nas competições oficiais realizadas conjuntamente por três secretarias estaduais: dos Direitos da Pessoa com Deficiência, da Educação e do Esporte.

 

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul

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