Notícia

GUSTAVO TSUBOI: "VITÓRIA NAS DUPLAS PODE LEVAR AO PAN"

Por CBTM

23/05/2007 16h51


Perto de completar 22 anos, Gustavo Tsuboi já pode se considerar um mesa-tenista experiente. Com um pan-americano e, agora, um Mundial na carreira, o brasileiro foi um dos responsáveis pela única vitória do país nas chaves principais do Mundial de Zagreb, na Croácia. Ao lado de Karin Sako, ele surpreendeu a dupla da República Tcheca, Petr Korbel e Renata Strbikova, na primeira rodada.

O resultado, inclusive, é considerado como um aliado na luta por uma vaga na equipe brasileira que disputará o Pan-Americano do Rio, em julho. Com Hugo Hoyama já confirmado e Thiago Monteiro praticamente garantido por ser o melhor brasileiro no ranking mundial, Tsuboi luta com Cazuo Matsumoto pela última vaga.

"Essa vitória nas duplas pode ter sido decisiva" afirmou o jovem mesa-tenista que pensara em deixar o esporte em 2005 para se dedicar a faculdade.

Nesta entrevista exclusiva, Tsuboi fala de seu início no esporte, da participação no mundial e até de uma possível projeção de ser o sucessor de Hugo Hoyama no tênis de mesa brasileiro.


INÍCIO NO TÊNIS DE MESA
"Comecei a jogar por causa do meu irmão. Gostava de futebol. Mas um dia estava entediado e vi ele jogando. Ele me chamou para jogar e gostei. Depois fui descobrindo as variações de jogo, os efeitos e passei a gostar mais ainda. Semprei gostei de dar olé no tênis de mesa, dar o golpe bonito, tirar o rival da mesa. No início da minha carreira, alguns amigos me diziam que eu ria quando fazia isso com eles e ganhava o ponto."

PARTICIPAÇÃO NO MUNDIAL
"Acho que foi muito positiva. Tudo o que eu sei fazer bem e tenho treinado, eu executei aqui. Explorei ao máximo minhas qualidades. Na fase classificatória, venci o chileno Juan Salamanca com facilidade. Há quatro anos, ele era um adversário sempre muito complicado. Isso mostra que meu jogo evoluiu. Algo que me ajudou muito a jogar bem foi a falta de pressão. Aqui não somos (os brasileiros) favoritos e podemos soltar nosso jogo."

PREPARAÇÃO PARA O MUNDIAL
"Como a Seleção está quase toda na França (somente Hugo Hoyama joga no Brasil), a adptação foi tranqüila. O fato de termos nos reunido para treinar por algumas semanas também ajudou a nos manter focado na competição... pensando no Mundial todos os dias. Mas para mim, o mais importante para uma competição como esta é você se acostumar com o clima e o fuso horário. Estar antes no local da competição sempre ajuda. Os chineses, por exemplo, vieram para a Europa há duas ou três semanas."

VITÓRIA NAS DUPLAS MISTAS
"Foi importante. Karin e eu jogamos bem e não vencemos uma dupla qualquer. A dupla tcheca tinha Petr Kordel, número 22 do mundo. Quando estávamos no último set, a ficha caiu e na minha cabeça eu só conseguia pensar: Caramba vamos ganhar! E acabamos vencendo mesmo."

JOGO CONTRA OH SANG EUN
"Foi um jogo complicado. Nunca havia jogado contra alguém tão bem ranqueado (Oh Sang Eun é o quinto do mundo). Quando o jogo começou senti que ele estava em um nível muito acima do meu, e que seria difícil vencer. Mas jogar contra ele foi uma grande experiência e certamente da próxima vez que nos encontrarmos farei um jogo melhor."

VAGA MAIS PERTO PARA O PAN?
"Acho que sim. A vitória nas duplas acho que pode ser decisiva. Pois temos treinado muito duplas quando estamos reunidos. E o jogo de duplas é o que será decisivo no torneio por equipes no Pan. Além disso, tive melhores resultados que meu concorrente direto (Cazuo Matsumoto) nesta temporada e já tenho a experiência de um pan. Isso me deixa confiante."

RECORDE DE HUGO
"Certamente deixará o Pan do Rio ainda mais especial para o tênis de mesa. Claro que eu quero uma medalha de ouro também, mas ajudar Hugo a bater o recorde de medalhas de ouro será muito importante para o tênis de mesa em geral. Um resultado desse pode abrir a porta do tênis de mesa para patrocinadores e investimentos."

HÁ UM TEMPO VOCÊ DISSE QUE DEIXARIA O TÊNIS DE MESA?
"Disse sim. É difícil manter a vida somente com o tênis de mesa. Você pode estar no auge da carreira e sofrer uma lesão...e aí, o que fará? Além disso, dificilmente você vai ganhar com o tênis de mesa o suficiente para viver depois que deixar o esporte. Enquanto o tênis de mesa não for profissional e massificado no Brasil isso não vai mudar. Muitos juvenis promissores deixarão o esporte. Mas resolvi tentar por um tempo, até tranquei a faculdade de Economia (no Mackenzie, em São Paulo, onde tem bolsa integral). O sonho de jogar um Pan no Brasil e uma Olimpíada me fizeram mudar de idéia. E enquanto estiver jogando, quero subir o máximo que der. Neste ano, meu primeiro na Europa, subi 80 posições no ranking. Acho que ainda posso subir mais."

SUCESSOR DE HUGO?
"Estou preparado, mas não vou falar que serei eu. A pessoa que tiver essa responsabilidade terá uma pressão enorme na carreira. E temos de estar preparados para isso. Se começarem a falar que serei eu, será um peso, mas estou pronto para encarar. Claudio Kano e Hugo são muito mais do que eu sou hoje. E chegar perto do que eles foram já será muito bom para mim."

SE NÃO FOR PARA O PAN?
"Ficarei muito triste e decepcionado, mas não haverá arrependimento, nem raiva. Brigo por essa vaga há muito tempo e quero ela. Mas quem decide são os técnicos. Quem sabe no meu aniversário não sai a lista e com o meu nome?! Seria um belo presente. (Tsuboi faz aniversário no dia 31 de maio)

Fonte: Jefferson Rodrigues - Lancenet

 

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