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CONFIRA ENTREVISTA COM O TÉCNICO DA SELEÇÃO BRASILEIRA LINCON YASUDA

Por CBTM

24/07/2008 16h23


Como começou no Tênis de Mesa?

Comecei aos 10 anos, jogando no Itaim keiko.

Há quanto tempo atua como técnico?

Desde os 20 anos, quando parei de jogar. Isso há 14 anos.

Como chegou à seleção brasileira?

Eu já trabalhava com o Wei (técnico da seleção masculina) no Itaim e fui trabalhar como auxiliar técnico na Seleção feminina. Com a saída do Marles (Marles Martins ex-técnico da seleção masculina), que foi treinar a seleção do Canadá, Wei passou a treinar o masculino e eu herdei o seu lugar na seleção brasileira feminina.

Qual foi a sua 1ª competição com a seleção brasileira?

Se não engano, foi o Latino Americano Juvenil de 2005, na Venezuela.

Como foi a experiência?

Foi muito positiva, os jogadores estavam bem preparados e ganhamos quase tudo, só não ganhamos ouro nas duplas femininas.

Lincon, no dia 1º de julho, há 12 anos, o maior nome do Tênis de Mesa nacional nos deixou, falecendo em um acidente de moto. Na sua opinião, Cláudio Kano realmente foi o melhor do Brasil?

Cláudio tinha um estilo próprio para a época. O Tênis de Mesa atual é diferente, não daria para comparar nenhum jogador contemporâneo com Cláudio.

 

Segundo especialistas, na época do Cláudio os jogadores se destacavam apenas pelo talento, ignorando muitas vezes a preparação física. Hoje em dia é assim?

O Tênis de Mesa de hoje é diferente. Um atleta precisa de fato reunir mas condições física. Essa necessidade é mais importante hoje do que há 20 anos atrás. Mas nunca a preparação física será mais importante que a capacidade técnica.

 

Cazuo Matsumoto é um atleta talentoso, alto e forte. Você acha que isso é determinante para o seu sucesso?

Acho importante, mas não determinante, pois os atletas com certas limitações física acabam se adaptando e muitas vezes transformam essa limitação em uma característica única, que é extremamente importante para surpreender seus oponentes. Um exemplo claro disso é o Eric Jouti, que transformou a sua baixa estatura e o corpo franzino em velocidade e recentemente surpreendeu no mundial Juvenil na Colômbia.

O senhor diria que o Eric Jouti é o grande nome para o futuro do TM brasileiro?

Prefiro não dizer nenhum nome por que seria injusto, até antiético, mas o Eric é um ótimo atleta e tem tudo para ser um grande campeão no futuro.

Há algum tempo havia um atleta que integrava a Seleção chamado Efraim Carvalho, que muitos apontavam como o grande nome do Tênis de Mesa brasileiro no futuro, pela sua estatura e sua forma de jogar. Diziam até que o seu estilo era muito parecido ao de Thiago Apolonia (atleta português  95º  no ranking da ITTF), mas esse atleta acabou ficando apenas na promessa. Hoje em dia ele nem compete mais. Por que isso acontece com alguns atletas da seleção?

Chamaria de um processo natural de seleção. Quando os atletas ingressam nas categorias de base, eles vão se desenvolvendo juntos, mas com o passar do tempo vão subindo para as categorias mais disputadas, o que coincide com o amadurecimento pessoal, a chegada da idade adulta, o momento de decidir entre os projetos pessoais e a dedicação total ao esporte. É natural que alguns acabem saindo.

Hugo Hoyama disse que a equipe brasileira tem condições de terminar as Olimpíadas entre as oito melhores. Você também pensa assim?

Acho que sim, mas isso vai depender muito do sorteio das chaves. Em uma Olimpíada todos os adversários são difíceis, mas tem alguns que já estamos familiarizados e se por acaso no sorteio cairmos na chave deles as chances serão maiores.

Como acha que será o resultado das Olimpíadas? Quem ficará como o ouro?

Temos como favoritos China, Japão, Coréia e Alemanha.

Marco Venâncio 

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