Por CBTM
O Presidente da Federação de Tênis de Mesa do Amazonas e Oficial da Marinha de Reserva Remunerada, Jorge França, foi entrevistado pela CBTM e falou de um pouco da história da FTMAM. França ainda apontou os possíveis destaques amazonenses para 2005. Confira a entrevista na íntegra.
CBTM: Há quanto tempo você ocupa o cargo de Presidente da Federação de Tênis de Mesa do Amazonas?
JORGE FRANÇA: Acho que a Federação de Tênis de Mesa do Amazonas é a caçula das co-irmãs. Foi fundada em 11 de dezembro de 2002. Assumi em 1º de janeiro de 2003. Portanto, estou a dois anos e três meses a frente da FTMA.
CBTM: Fale um pouco sobre o seu trabalho frente à entidade? Quais foram as suas principais ações desde que assumiu a Presidência?
J.F.: Fundar uma Federação não foi nada simples. Encontrei em alguns abnegados jogadores de ontem o apoio e incentivos necessários para dar novo rumo ao Tênis de Mesa do Amazonas.
As dificuldades foram e continuam sendo grandes. Realizar uma mudança de mentalidade e procedimentos não se consegue de uma hora para outra. Aos poucos está se conseguindo. Mas há um caminho muito grande a ser percorrido.
Como Presidente executo tarefas invisíveis a um crítico, que enxerga apenas onde alcança sua visão. Carecemos de uma boa estrutura. Mas a implantação do Centro de Alto Rendimento da Região Norte foi um grande salto de qualidade no Tênis de Mesa do Estado, que ainda necessita de alguns ajustes.
Gostaria de deixar registrado o meu profundo agradecimento ao Presidente Alaor que com seu poder de influência conseguiu viabilizar tal projeto.
CBTM: Quais são as maiores dificuldades encontradas para desenvolver seu trabalho?
J.F.: É um trabalho sem fim. Como disse anteriormente, a mudança de mentalidade é uma grande dificuldade a ser vencida , mas aos poucos estamos conseguindo. Não é fácil nem simples. As críticas existem e devem ser feitas, porém devem ser acompanhadas de algo consistente. Mas, infelizmente, deparo-me com algumas delas maldosas cujo propósito não sei avaliar.
CBTM: Quais são as suas metas à frente da FTMAM para 2005?
J.F.: Como sonhar não custa nada. Sonho e sonho alto. Quero ver o Tênis de Mesa do Amazonas nos píncaros da glória. Quero colocar o maior número possível de atletas sendo avaliado para o PAN - 2007. É o meu sonho e o quero ver realizado. Para tanto é preciso trabalhar muito.
CBTM: Quais mesa-tenistas você apontaria como possíveis destaques do Amazonas em 2005? Quais atletas poderiam render bons frutos para o Tênis de Mesa Brasileiro no futuro?
J.F.: Se eu utilizar como parâmetro o último Brasileiro destaco a Amanda Marques(Mirim) e o Bruno Bernardo, hoje Juvenil, que obtiveram resultados expressivos. O Israel e o Mário são realidades do Tênis de Mesa Nacional. Tenho uma boa safra de Juvenis que se continuarem na espiral ascendente, em breve vão dar bons resultados. Dentre eles destacaria o Felipe Wanderlei e o Igor Alencar. Já na faixa do Juventude, o Handerson Martins, enquanto no Infantil: Ricardo Costa e Diego Sousa.
CBTM: Fale um pouco de suas experiências anteriores. Quem era o Jorge França antes da FTMAM e fora do Tênis de Mesa?
J.F.: Sou Oficial de Marinha na Reserva Remunerada, após dedicar-me por mais de trinta anos ao Serviço Ativo. Antes de entrar na Marinha, onde passei por concurso ao Colégio Naval em 1964, despontava como um jogador em ascensão jogando pelo Madureira-RJ e treinado pelo grande Jaú, já falecido. Por causa disto tive que parar prematuramente. O único torneio de Federação que disputei foi o de estreantes (antes era assim) ficando em Terceiro lugar.
Esta final foi disputada no Fluminense. Depois só voltei a praticar Tênis de Mesa em 1996, quando fui transferido para Manaus. Continuo até hoje dando as minhas raquetadas.
Não nego que tive a influência do Biriba, que não o conheço pessoalmente, mas um dia pretendo fazê-lo. Sem sombra de dúvidas foi o maior expoente do Tênis de Mesa Brasileiro (para os mais jovens, o Biriba foi o que o Guga é ou foi para o Tênis).
