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CONHEÇA O PROFESSOR LUIZ VILANI

Por CBTM

01/04/2005 10h30


Formado em Educação Física, com mestrado em Psicologia do Esporte e cursando doutorado, o Mestre e Professor Luiz Henrique Vilani é o segundo parceiro a ser entrevistado pelo site da CBTM. O mineiro Vilani, ex-atleta de Tênis de Mesa e atual Coordenador Técnico-Científico da Confederação Brasileira, falou sobre seu trabalho, suas metas para 2005, onde espera tornar o projeto iniciado em 2004 uma realidade para pelo menos cinco estados. Confira a entrevista na íntegra.

 

CBTM: Fale um pouco sobre a sua função na CBTM, como Coordenador Técnico-Científico? Quais são as suas principais ações neste cargo? 

 

Luiz Vilani: A Coordenadoria Técnico-Científica é um cargo cujas atribuições estão voltadas para focar ações nas quais possam estabelecer um encurtamento da relação entre Ciência e Tecnologia. O Brasil é uma das grandes potências internacionais na produção de pesquisas aplicadas ao Esporte e Atividades Físicas, entretanto este amplo conhecimento produzido nem sempre é aplicado nos treinamentos do Tênis de Mesa. Logo, há uma grande lacuna entre a Ciência e a aplicação do conhecimento científico de forma sistematizada, racional, controlada e respaldada na eficiência dos resultados, ou seja, tecnologia. Buscando estreitar esta relação, como principais ações no cargo, eu destaco primeiro, a constante busca de se estabelecer um convênio com a Rede Nacional de Centros de Excelência Esportiva (Rede CENESP), que possui os laboratórios científicos mais avançados na América Latina para o desenvolvimento de avaliações de atleta, acompanhamento da carreira esportiva, detecção e desenvolvimento de talentos esportivos, o que deverá se concretizar ainda esta semana. Depois, destaco a elaboração do Projeto de implementação do Tênis de Mesa como disciplina dos cursos de Educação Física nas Universidades, que dará suporte para formação de recursos humanos para trabalhar com a modalidade em diferentes segmentos esportivos (principalmente no esporte educacional e de participação), bem como estímulo a produção científica. Finalmente, eu destaco a revisão do processo de formação de treinadores no Brasil, que hoje, para se realizar, necessariamente tem que passar pelo aval de uma Instituição de Ensino Superior fomentando novas parcerias, intercâmbio de informações entre diferentes regiões do país, e principalmente, abrindo novos horizontes para o cumprimento das duas ações descritas anteriormente.

 

CBTM: Quais são as suas maiores dificuldades para desenvolver seu trabalho?

 

L.V.: No segundo semestre de 2004, quando pude me dedicar integralmente a este cargo por meio de um convênio entre a Prefeitura de Belo Horizonte e a CBTM, minha maior dificuldade era de estruturar argumentos que sensibilizasse as universidades sobre a importância de abordarem o Tênis de Mesa como área de ensino, pesquisa e extensão. Entretanto, ao final do ano, tive um retorno extremamente positivo das diversas universidades em que pude apresentar o projeto. Atualmente, o tempo de dedicação a este trabalho é o principal empecilho. Além de trabalhar em Belo Horizonte como Analista de Políticas Públicas da Secretaria Municipal de Esportes, estou ministrando aulas em uma Universidade do interior do estado, aos sábados, e estou me dedicando muito para iniciar um processo de doutoramento na Universidade Gama Filho no Rio de Janeiro, o que faz com que eu tenha que me deslocar semanalmente para esta cidade para passar apenas um dia (segunda-feira) cursando uma disciplina no programa de Pós Graduação. Entretanto, acredito ser possível, após estabilizar-me nestes novos desafios, conciliar as atribuições do cargo de forma otimizada. É possível assegurar o respaldo de todas estas instituições a que estou vinculado, para utilizarmos a favor como experiência e apoio para abrirmos novas portas em outros estados, buscando disseminar o projeto por todo país.

 

CBTM: Desde quando você ocupa este cargo na CBTM?

 

L.V.: Eu faço parte do Comitê Técnico-Científico desde 1997 quando recebi o convite do então coordenador Prof. Ms. Fernando Vítor Lima (Ex-treinador da Seleção e atual Professor da UFMG / Belo Horizonte). Entretanto, somente a partir de 2001, após cursar uma Pós Graduação em Treinamento Esportivo na UFMG no ano 2000, foi que eu assumi a Coordenação do Comitê. Mas o grande marco foi o ano de 2004 quando pude me dedicar integralmente a este trabalho, passando a conviver no dia a dia da CBTM no Rio de Janeiro e de acompanhar as milhares de ações desenvolvidas diariamente em prol de uma administração otimizada.

 

CBTM: Quais são as suas metas para 2005?

 

L.V.: Para a Coordenadoria Técnico-Científica, espero ver todos os projetos elaborados em 2004 saindo do papel e se tornando uma realidade em pelo menos 5 estados. Como meta pessoal, pretendo me ingressar no Doutorado e iniciar uma nova perspectiva de trabalho científico envolvendo o Tênis de Mesa como referência básica.

 

CBTM: O que representa para você e para o Tênis de Mesa Brasileiro a aprovação do seu trabalho para o Seminário na China? Qual a sua expectativa para o Evento?

 

L.V.: É a retomada de um lugar de destaque em nível internacional, já ocupado pelo Prof. Ms. Fernando Vitor Lima. A qualidade dos trabalhos do Prof. Fernando o levaram a nomeação para um cargo no Comitê Científico da ITTF. Após um período sem representantes, a aprovação do meu trabalho entre os 28 mais importantes (apresentação oral) demonstra que estamos voltando a ocupar um lugar de destaque. Além do meu trabalho, o Brasil também teve os trabalhos da Cristina Akiko Izuka e do Welber Marinovic aprovados para apresentação como pôsteres. Tenho certeza de que outros pesquisadores também poderiam ter seus trabalhos aceitos caso os tivessem enviado. Logo, acredito que este fato vá estimular novas pesquisas na área e uma maior participação de brasileiros no contexto da produção científica aplicada ao Tênis de Mesa, e este é um dos meus objetivos, pois, só assim poderemos desenvolver um conhecimento específico do Tênis de Mesa nacional e assim termos respaldo para desenvolvermos a nossa tecnologia também.

 

CBTM: Fale um pouco de suas experiências anteriores. Quem era o Luiz Henrique Vilani antes da CBTM?

 

L.V.: É difícil me dissociar da CBTM. Estou vinculado à instituição desde 1987 quando iniciei minha carreira como atleta. Fui vice-campeão brasileiro em Suzano, 1990 (por equipes e duplas - infantil), parei de jogar em 1991 devido a falta de parceiro para treinamento. Sempre tive uma vida intensa na modalidade (fui atleta, árbitro, treinador e dirigente da Federação Mineira). Fora da modalidade, servi o exército, CPOR de Belo Horizonte e estagiei como Aspirante a Oficial de Intendência em Juiz de Fora - MG . Fui treinador de futebol Clube Forense em Betim-MG, trabalhei como professor de Educação Física no Colégio Anglo de Sete Lagoas - MG (eu tive 50 alunos de Tênis de Mesa nesta escola em 1 ano). Depois, passei no concurso para Analista de Políticas Públicas da Secretaria Municipal de Esportes de Belo Horizonte em 1999, e no primeiro ano, 2000, passei a Coordenar o meu setor de trabalho, onde desenvolvíamos o Planejamento e o Controle dos espaços esportivos de Belo Horizonte. Em 2001 fui convidado para Coordenar um Projeto Sócio-Esportivo de Futebol (Projeto Dente de Leite) que envolvia 41 escolinhas para crianças e adolescentes de 9 á 17 anos de idade em campos de várzea de Belo Horizonte, envolvendo 90 profissionais e cerca de 6.000 alunos. Em 2003, devido a um grande ideal, solicitei minha transferência de setor para trabalhar no Programa Superar com esportes para pessoas portadoras de deficiência, onde me encontro até hoje. No aspecto acadêmico, Formei em Educação Física, me especializei em Treinamento Esportivo e depois cursei o Mestrado em Treinamento Esportivo na área de Psicologia do Esporte. Fui Professor Universitário em Montes Claros - MG (Faculdades Unidas do Norte de Minas) e recentemente recebi uma proposta para ministrar aulas na Universidade de Itaúna - MG.

 

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