Por CBTM
Jéssica Yamada foi destaque na edição deste mês da revista Table Tennis Illustrated, numa matéria com o carinhoso título de "Tal pai, tal filha".
Confira a tradução da reportagem.
Não houve medalhas para o país anfitrião no Liebherr Aberto do Brasil em Junho de 2005, mas o futuro parece promissor para a nação famosa por seus jogadores de futebol. Eles têm um grupo talentoso de jovens mesa-tenistas e uma jovem menina em particular está mais do que determinada a ter sucesso.
O Brasil tem uma recheada história de sucesso no Latino-Americano e tem desfrutado momentos de triunfo em eventos internacionais além da costa do seu continente. Além disso, parece que o sucesso vai continuar; na verdade parece até que o futuro pode trazer ainda maiores graus de sucesso.
O país tem uma bem organizada estrutura de técnicos junto a Confederação Brasileira de Projetos Olímpicos que é catalisadora para o futuro. Doze jogadores estão envolvidos no projeto, seis homens e seis mulheres, sendo o membro mais novo uma menina que tem mostrado a técnica e atributos mentais necessários para se tornar uma jogadora de estatura; Jéssica Yamada, de 15 anos.
Jéssica começou a jogar tênis de mesa aos sete anos de idade; seu pai Marcos, um engenheiro graduado, vive para o tênis de mesa. Técnico em vários clubes do estado de São Paulo, ele sempre levou Jéssica para as quadras de tênis de mesa quando ela era criança.
"Às vezes ela jogava e às vezes ela apenas dormia no chão", reflete Marcos. "Até os 11 anos, ela praticava vôlei e futebol e também gostava de ginástica, natação e Aikido".
VIAGEM
No entanto, tendo praticado uma gama de esporte, ela decidiu que o que ela realmente gostava era tênis de mesa e aos 13 anos ela tomou uma decisão muito corajosa para alguém tão jovem. Ela viajou sozinha para o Japão e passou três meses em Dohjo em Tókio, onde fica o centro de treinamento Tamasu Butterfly. A experiência provou ser inestimável, Jéssica melhorou consideravelmente em um curto período de tempo e ela gostou bastante da visita. A menina que estava apenas entrando na sua adolescência tinha experimentado uma maneira diferente de vida, aprendido a ser independente e mais importante, estava motivada.
O conceito de viajar cedo era muito atrativo para ela; em Janeiro de 2004 ela passou algum tempo na cidade de Weifang, na China, treinando na Escola de Tênis de Mesa Shandong Luneng e agora faz planos para ir a Europa.
Além disso, parece que a experiência ganha em suas viagens e sua dedicação ao esporte tem dado frutos. Ela tem títulos em seu nome dos campeonatos de São Paulo e Brasileiro, mas foi no Circuito Juvenil Mundial da ITTF que ela obteve seu maior sucesso.
SUCESSO
Em 2003 ela ganhou a medalha de bronze no torneio feminino individual mirim no Aberto Juvenil do Brasil, uma boa atuação, mas bastante modesta quando comparada a suas outras realizações no ano seguinte. Em 2004, ela agarrou o ouro nos três eventos disponíveis. Ela venceu o Feminino Individual Mirim e com sua colega Ticiana Katsuno ganhou o evento Feminino Mirim por equipes e o Feminino de Duplas Mirim.
Jéssica é totalmente dedicada ao tênis de mesa e enquanto meninas da sua idade preferem ir as compras, dançar e socializar, Jéssica é firme: sucesso no tênis de mesa é sua meta declarada. Ela tem o apoio total de seus pais e tem o mesmo amor pelo jogo como seu pai, Marcos.
O ditado popular diz "tal pai, tal filho", mas na família Yamada seria "tal pai, tal filha".