Por CBTM
Em 2005, quando o técnico brasileiro Marles Martins (foto) decidiu incrementar o currículo embarcando no circuito de cursos da IITF, nem passava pela cabeça dele treinar uma seleção nacional estrangeira. Naquela época, ele ficou sabendo que a Federação Canadense estava selecionando profissionais para treinar sua equipe principal e decidiu concorrer, só por desencargo de consciência. "Mas eu já estava desencanado", diz ele, quando soube que havia passado na primeira fase da seleção.
Marlos ficou entre os 23 melhores, depois entre os dez, até que chegou à final. Quando foi convocado para a entrevista derradeira, estava na Malásia, a caminho do Paquistão. Os canadenses estavam na Alemanha. Marles, então, seguiu para lá. "Enfrentei um adversário muito forte para ficar com a vaga", conta ele, sem revelar o nome do rival.
O resultado final saiu em dezembro, mas o brasileiro só começou o trabalho no Canadá em março. Não teve problemas para se adaptar ao novo ambiente - o único contratempo, logo superado, foi com o visto. "Ainda há muita coisa para fazer, falta estabelecer uma filosofia, metas, normas, orçamento. Mas temos estrutura, potencial e talentos", avalia.
Entre os atletas que podem se destacar no futuro, o técnico aponta os jovens Shen Qiang, de 16 anos, que já aparece no ranking dos 30 melhores juvenis do mundo, e Zhang Mo, de 17, número 194 do ranking profissional. Os dois vierma a São Paulo, jogar o Aberto do Brasil. Da equipe que disputa o torneio, Marles cita ainda Wilson Zhang, que eliminou o brasileiro Thiago Monteiro na primeira rodada e chegou às quartas-de-final, e Pierre Luc Hinse.
O próximo passo é investir na massificação do esporte no Canadá.