Notícia

BATE-BOLA COM EDIMILSON PINHEIRO

Por CBTM

02/08/2007 15h12


Como começou a praticar tênis de mesa?

EDIMILSON PINHEIRO: Quando morava em Minas costuma brincar de ping pong na escola. Ao mudar para Cruzeiro, em 1994 encontrei alguns amigos que também gostavam muito de praticar ping pong. Com o tempo essa brincadeira se tornou coisa séria e começamos a participar de campeonatos de tênis de mesa na região do Vale do Paraíba.

Qual foi o seu primeiro título?

EDIMILSON PINHEIRO: Em 1999 participei dos Jogos Paradesportivos da Região Sul em Itajaí-SC. Ainda sem experiência conquistei a minha primeira medalha de ouro. Foi um momento muito especial para mim, pois aí foi o início de toda a minha trajetória vitoriosa.

Quem é a pessoa responsável pela existência do atleta Edimilson Pinheiro?

EDIMILSON PINHEIRO: Sem dúvida alguma o meu primeiro técnico Sr. Luiz Kudo. Ele foi praticamente um pai para mim. Pois me deu toda a estrutura em São Paulo para treinamentos. Nunca tinha saído de Cruzeiro para nada. E o Sr. Luiz me acolheu em sua residência me proporcionando condições para se tornar um grande jogador. Lembro-me até hoje das primeiras lições. A paciência e a dedicação que o Sr. Luiz teve comigo. Só tenho a agradecê-lo por tudo.

Como foi a sua primeira experiência num campeonato internacional?

EDIMILSON PINHEIRO: Costumo dizer que a minha carreira foi meteórica, pois em menos de um ano de treinamentos tive a oportunidade de participar de minha primeira competição internacional. Quando recebi a convocação para participar dos Jogos Para Pan Americanos no México em 1999 nem acreditei. Achei que fosse uma brincadeira. Mas felizmente era real. Na Cidade do México senti o peso de uma competição internacional. Tudo completamente diferente: nível técnico, organização e o grau de importância de um evento internacional. Mesmo sendo a primeira participou conquistei a medalha de ouro por equipes.

Descreva um momento ruim na sua carreira?

EDIMILSON PINHEIRO: Sem dúvida foi o Aberto dos Estados Unidos em 2000. Pela primeira vez tive a oportunidade de conhecer o nível técnico dos melhores jogadores do mundo. Pois era o último campeonato antes das Olimpíadas de Sidney e todas as feras do Circuito estavam presentes nessa competição. Não ganhei nenhuma partida e isso foi muito ruim. O nível técnico estava muito forte e até pensei em parar de jogar tênis de mesa. A volta para casa foi repleta de reflexão e desanimo.

 

Como você deu a volta por cima?

EDIMILSON PINHEIRO: Depois de um mês longe das mesas resolvi voltar a jogar e enfrentar os desafios. Conversei com meu técnico em São Paulo e fizemos um planejamento para que eu desenvolvesse tecnicamente. Passei a ir para a Capital com mais frequência treinar em diferentes clubes e participar de competições com atletas que não tinha deficiência. Em um ano evolui bastante e já no Parapan de Buenos em 2001 vieram os resultados. Já melhor tecnicamente conquistei a vaga para o Campeonato Mundial Paralímpico na China.

E sua experiência na China como foi?

EDIMILSON PINHEIRO: A classificação para o Campeonato Mundial veio como um prêmio por toda luta em busca da melhora do nível técnico. Ir jogar na China foi a realização de um sonho. Para todo mesatenista é uma grande satisfação jogar em território chinês onde o tênis de mesa é o esporte principal. Na China se respira tênis de mesa e por cerca de 30 dias pude conviver nesse ambiente maravilhoso. Foi uma experiência esportiva, cultural e de vida muito grande essa competição. Em Taipei joguei muito bem e consegui a 16ª colocação no mundial.

O que mais gosta no esporte?

EDIMILSON PINHEIRO: Ganhar títulos. Mas também conhecer novos países, pessoas e lugares diferentes. Adoro também o desafio que o esporte me proporciona a cada dia.

O que gosta de fazer quando não está jogando tênis de mesa?

EDIMILSON PINHEIRO: Gosto muito de ler, escutar música, sair com amigos, bater papo e principalmente estudar idiomas. Hoje falo inglês e espanhol fluentes e estou aprendendo francês. A experiência com as viagens ajudou muito a desenvolver meu nível de proficiência nesses idiomas.

O que é preciso para se tornar um grande jogador?

EDIMILSON PINHEIRO: Primeiro muita dedicação. Tem que se doar aos treinamentos e as competições. Tem que ser disciplinado e sempre estar ciente dos objetivos a serem alcançados. Não pode desistir na primeira dificuldade e acreditar que sempre pode fazer o melhor. Com esses elementos se faz não somente um grande jogar mas também uma grande pessoa.

Episódio mais engraçado que já viveu no esporte?

EDIMILSON PINHEIRO: Em Taipei, China 2002. Tínhamos um guia que não sabia de nada. Pegamos um taxi para ir comprar material esportivo. O taxi deu duas voltas e parou do outro lado do hotel. E o guia disse é aqui a loja. Aí dissemos, mas não é mesmo hein. Aqui é o outro lado do hotel.

Como está a sua preparação para o Parapan?

EDIMILSON PINHEIRO: Tenho encarado com muita responsabilidade essa competição. Por isso desde fevereiro tenho treinando intensamente. No início os treinamentos chegavam até 5 horas, agora na reta final de preparação treino em média 3 horas. Nessa fase é muito importante cuidar da parte física e realizar treinamentos específicos como serviço, recepção, 3ª bola e bloqueio. Também é muito importante estar bem psicologicamente pois a competição vai ser no Brasil e a responsabilidade é maior.

Quem serão seus maiores adversários no Parapan?

EDIMILSON PINHEIRO: Canadá, México e EUA são as maiores forças nessa competição.

Quais seus planos e metas para a sua carreira esportiva e para depois dela?

EDIMILSON PINHEIRO: Pretendo conquistar uma medalha em paraolimpíadas. Depois que encerrar a carreira continuar trabalhando no esporte.

 

 

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