Por CBTM
Dagoberto Midosi fez história no tênis de mesa brasileiro na década de 40 e 50, sendo o precurssor de campanhas brasileiras aos Mundiais. Dagoberto participou das seleções brasileiras nos mundiais de 1949, 1950, 1951, 1952, 1953, 1954, 1955, 1957, 1959 e 1961, foi campeão mundial masters em 1959 e venceu o título por equipes do Campeonato Carioca por 17 anos consecutivos com o Fluminense, além de várias outras conquistas
Importância do Material
"Em 1952, no Mundial de Bombaim, na Índia todos com borracha granulada, até que aparece um japonês (Sato) com uma borracha de espuma. Ele mudou a velocidade do jogo e foi campeão mundial, mesmo não sendo tão bom. Nós e os europeus não aprendemos a lição e em 1953, alguns europeus medianos surgiram com resultados incríveis. Em 1954, ficamos entre os dez primeiros do Mundial ao adotar esta borracha de espuma."
Presidente Alaor
"Conheci o Alaor em 1973, eu já havia parado de jogar e ía ao campeonato como técnico. O presidente na época era o Pereira Antelo, que havia aceitado o convite para a presidência devido a minha recusa, pois sou advogado e atuo no meio até hoje. Eu e Antelo estávamos acompanhando um jogo e disse a ele que era um jogo mole. Ele falou que não, pois tava muito equilibrado. Eram dois paulistas e se um deles vencesse, o Alaor ficaria de fora. Convenci ao Antelo que anulasse o jogo, aí o Alaor veio falar comigo, pois até então eu nem sabia quem era ele.
Melhor jogador
"Ivan Severo. Porque o Campeonato Mundial de 1959, em Estocolmo foi disputado por grupos. Ele venceu todos os jogadores do torneio, ganhando inclusive de dois campeões mundiais. O Biriba também foi fantástico porque no Campeonato Mundial de Pequim ganhou do campeão mundial, mas ele não teve a constância do Ivan Severo. Na ocasião, Ivan recebeu o prêmio como jogador revelação do campeonato."
Rivalidade Rio x São Paulo
"A solução para que o Rio de Janeiro volte a ser um celeiro é patrocínio. A Valesca (Maranhão) começou no Vasco da Gama e foi para o Fluminense. São Paulo tem os filhos de japoneses, sem falar que lá a verba é bem maior."
