Por CBTM
A jovem Mariany Nonaka, de apenas 16 anos, é uma das grandes esperanças do Tênis de Mesa brasileiro para o futuro próximo. Tendo participado de sua primeira Olimpíada em Atenas 2004, no torneio de duplas ao lado de Lígia Silva, Mariany esteve na Suécia fazendo intercâmbio para aprimorar o seu jogo e conseguir melhores resultados em 2005. A paulista conta para a CBTM seus planos para a nova temporada e faz um balanço do ano de 2004.
CBTM: Que tipo de balanço você faria do ano de 2004? Positivo, Negativo? Por quê?
MARIANY NONAKA: Eu acho que tive os dois lados como sempre, mas também acho que foi muito mais positivo do que negativo, só a participação na Olimpíada de Atenas já cobre os lados negativos, e nem se fala então do estagio na Suécia, que eu adorei.
CBTM: Enumere suas conquistas e 2004. Medalhas, títulos, participações em torneios internacionais (com sua colocação neles).
M.N.: Campeã Latino-Americana adulta (dupla mista com o Hugo); Campeã dupla Pro Tour Dubai; Vice Campeã de equipes no dubai; Terceiro lugar individual no Dubai; Campeã Latino-Americana por equipes; Vice-campeã em duplas femininas e dupla mista; Campeã Latino-Americana individual; Participação no torneio de duplas da Olimpíada de Atenas.
CBTM: Como foi participar do Mundial Juvenil de Kobe, no Japão, representando a Seleção Brasileira? Qual foi a maior dificuldade no torneio?
M.N.: Não foi o meu primeiro mundial, então eu não fiquei muito surpresa com coisas, do tipo a grandeza do campeonato, mas eu gostei de participar novamente deste torneio. É sempre bom jogar contra os melhores atletas do mundo, porque todos ali participam de uma "seletiva" antes, a minha maior dificuldade fui eu mesma, ainda tenho que superar algumas barreiras!!
CBTM: Como está sendo feita a sua preparação para a próxima temporada?
M.N.: Depois do mundial de Kobe, fui para a Suécia, onde fiquei uma semana, para depois voltar para o Brasil. Por aqui eu estou me divertindo bastante, fazendo avaliações médicas e descansando, pra ter mais energia pra próxima temporada e conseqüentemente um melhor rendimento!!
CBTM: Quais são as suas expectativas e seus planos para o ano de 2005? O que os brasileiros podem esperar de Mariany Nonaka?
M.N.: Eu sempre tento fazer no ano seguinte o que eu não fiz no ano anterior. Em 2004, fui mal no mundial de Kobe, espero ir melhor neste ano, além de melhorar a minha participação nos Pro tours também.
CBTM: Quem são os seus ídolos?
M.N.: No Tênis de mesa do Brasil eu não tenho nenhum ídolo. Admiro alguns atletas, como Thiago Monteiro, ente outros, mas não chegam a ser ídolos. Eu idolatro mais os brasileiros de outros esportes, como o Guga e os meninos do vôlei, pela garra e luta que demonstram em quadra. No Tênis de Mesa, sou fã da croata Tamara Boros.
CBTM: Como você está vendo a oportunidade de fazer um intercâmbio na Suécia, uma das ligas mais fortes do Mundo?
M.N.: Eu não tenho palavras pra descrever o quanto eu estou gostando de ficar na Suécia, eu aprendo muitas coisas lá. Tecnicamente, principalmente, porque estou treinando com um dos melhores técnicos do mundo, e tendo a oportunidade de ver o fenômeno do Tênis de Mesa (Waldner) jogar. Também estou crescendo muito como pessoa, tenho certeza que esse pouco tempo que eu fiquei lá, já foi o bastante pra eu amadurecer muito!! E espero que isso reflita nos meus resultados em 2005 e que eu continue a amadurecer mais ainda.
CBTM: Qual é a maior diferença entre treinar na Europa e no Brasil? Quais são as vantagens e desvantagens desta experiência?
M.N.: O sistema de treinamento sueco não é muito diferente do sistema brasileiro que eu tinha em Piracicaba. A diferença está nas pessoas com quem treino, lá tem muitos atletas de diversos estilos, eu treino com menino, menina, gente da seleção adulta, defesa, isso realmente faz a diferença. O lado ruim da historia, é que a comissão técnica que me prepara lá em Piracicaba, não tem como ver os meus treinos, e nem me dizer se eu estou fazendo certo ou errado, por isso eu posso errar muitas vezes sem saber que errei. É como se não tivesse quem me orientar, embora a eu mantenha contato com eles por e-mail, mas não é a mesma coisa que o contato diário.