Bruna Takahashi ficou com a prata em Santiago. Foto: Wander Roberto/COB @wander_imagem
Por Nelson Ayres (Fato&Ação) – Assessoria de Imprensa CBTM
Bruna Takahashi fez uma exibição notável no Chile. Em um grande jogo, na decisão do torneio individual feminino dos Jogos Pan-Americanos Santiago 2023, ela conquistou a medalha de prata, caindo para a porto-riquenha Adriana Diaz, que conquistou o bicampeonato, por 4 a 3 (11/9, 12/14, 3/11, 11/8, 11/8, 9/11 e 7/11). Ela iguala o melhor resultado do país em torneios individuais femininos do Pan. Apenas Lin Gui, em Toronto 2015, havia chegado na final.
Esta foi a sétima medalha da brasileira nos Jogos, incluindo as duas edições que disputou, agora em 2019. Em Santiago, foi a terceira, todas de prata – as outras foram em duplas femininas e mistas. Bruna é a melhor mesa-tenista feminina do país na história dos Pan-Americanos.
O jogo, como era de se esperar, foi bastante equilibrado. Bruna entrou bem concentrada e errava pouco, a exemplo do jogo semifinal contra a norte-americana Lily Zhang, o que foi um diferencial no primeiro set. Na segunda parcial, Adriana voltou muito melhor. Abriu 5 a 1 no placar, mas a brasileira conseguiu emplacar seis pontos consecutivos e virou o jogo. A partir daí, o público viu um jogão, com lances muito plásticos. No fim, a porto-riquenha levou a melhor e empatou o duelo.
No terceiro set, Adriana mandou na mesa, com uma grande variação de jogadas. Chegou a abrir 7 a 1 no placar e fechou em 11 a 3. O equilíbrio voltou no início de quarto set, com Bruna na frente do placar. O técnico Jorge Fanck parou o jogo, com um pedido de tempo. Funcionou bem, com Bruna fechando em 11 a 8 e uma grande atuação.
E Bruna passou a dominar a partida no quinto set. Neutralizava boa parte das tentativas de Adriana, chegando a abrir quatro pontos e fechando novamente em 11 a 8. A porto-riquenha, número 11 do mundo, não se abateu. Voltou melhor para o sexto set e abriu vantagem com pontos que poderiam tirar a adversária. A brasileira voltou a incomodar, fazendo o técnico de Adriana pedir tempo para evitar o pior. Deu certo e o jogo foi para o tie-break.
A brasileira dominou o início do set decisivo, colocando 5 a 2 no placar. Porém, permitiu a virada e deixou a medalha escapar. Muito amigas fora das mesas, Bruna desabou em lágrimas no ombro de Adriana, que tratou de levantar a moral da brasileira, levantando o braço dela em direção ao público, como uma autêntica vencedora da modalidade. Um lindo e digno final para um duelo esportivo de alto nível.
“Foi um jogo muito bom. Estou muito triste, perdi o ouro. Estou chorando porque sei que tive chances de ganhar. O nível foi espetacular, ela é uma jogadora muito boa. Tenho o torneio de equipes pela frente e tenho que manter a cabeça erguida. Vai ser difícil esquecer esse jogo, mas é bola pra frente, tem muita coisa ainda”, disse Bruna.
FATO&AÇÃO COMUNICAÇÃO
Assessoria de Imprensa da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM)
Atendimento: Nelson Ayres – nelson@fatoeacao.com